Muitos encarnados clamam desesperadamente pelos que partiram, vertendo lágrima amargas, quando não, acalentando ideias de suicídio na enganosa ilusão de reencontrá-los.
Há muito desassossego na vida
psíquica dos desencarnados, toda vez que os familiares não aceitam a
separação ou procuram vingança, nos casos de desencarnação por
assassinato, alimentando os sentimentos inferiores, muitas vezes, envolvidos
nesse processo.
Inúmeros outros comunicantes falam da dificuldade de adaptação ao mundo espiritual por causa da perturbação dos familiares.
Esse desequilíbrio, muitas vezes intenso, não lhes permite a própria renovação no plano em que se encontram.
Vamos
destacar alguns trechos das cartas dos desencarnados nos quais
solicitam a compreensão dos familiares diante da separação. São pontos
muito úteis para o nosso próprio preparo diante da morte:
"Vejo
seu rosto sem parar, todo banhado em lágrimas sobre o meu e sua voz me
alcança de maneira tão clara que pareço carregar ouvidos no coração. Ah,
Mamãe! Eu não tenho o direito de pedir ao seu carinho mais do que sempre
recebi, mas seu filho pode pedir mais alguma coisa à sua dedicação,
não chore mais." (Alberto Teixeira através de Chico Xavier - Presença de Chico Xavier).
"As lágrimas com que me recordam, caem no meu coração por chuva de fogo, (...) o pensamento é uma ligação que ainda não sabemos compreender. Quando estiverem com as nossas lembranças mais vivas, comemorando acontecimentos, não se prendam à tristeza. (...) Posso, porém, dizer-lhes que estou com vocês, assim como alguém que carregasse no ouvido um telefone obrigatório. Não estou em casa mas ouço e vejo o quanto se passa. Nossos amigos daqui me esclarecem que isso passará quando a saudade for mais limpa entre nós. Saudade limpa!. Nunca pensei nisso! Mas dizem que a saudade que se faz esperança no coração, é assim, como um céu claro, mas a saudade sem paciência e sem fé no futuro, é semelhante a uma nuvem que se prende com a sombra e tristeza àqueles que dão alimento na própria alma." (Marilda Menezes através de Chico Xavier - "Novamente em Casa").
"Estou
presente, rogando à senhora que me ajude com a sua paciência.Tenho
sofrido mais com as suas lágrimas do que mesmo com a libertação do
corpo. Isso porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que
sucedeu. E quando a senhora começa a perguntar como teria sido o
desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia."
(William José Guagliardi através de Chico Xavier - Vida no Além).
Evidentemente
que não vamos cultivar falsa tranquilidade, considerando natural que
alguém muito amado parta para o plano espiritual. Por maior que seja a
nossa compreensão, com certeza sofreremos muito. No entanto, devemos
manter a serenidade, a confiança em Deus, não por nós mesmos, mas
sobretudo em benefício daquele que partiu. Mais do que nunca ele precisa
de nossa ajuda, e principalmente de nossas orações.
Boa noite, amiga! Muito comovente o depoimento.Acho que o processo entre vida e passagem...misteriosos! Creio que a partir do momento que aceitamos essa "passagem...", nós que ficamos aqui na terra ainda, tudo é transformado.Querida, uma linda noite e um fim de semana em paz.Beijos.
ResponderExcluirTexto muito interessante e educativo...alcançar a serenidade para ajuda mútua.
ResponderExcluirum abraço
Bom dia amiga Ilca, que texto mais lindo emocionante!
ResponderExcluirDeixo-lhe o meu abraço de muita paz!
Um bom domingo.
Ailime
Pena que nem todos pensem assim , e o sofrimento continua dos dois lados!
ResponderExcluirbj
Oi,Dona Ilca! Que saudade... estou novamente sem telefone, assim que for arrumado ligo para a senhora (me prometeram em cinco dias e o prazo já acabou). Um abraço apertado, sua amiga Tati.
ResponderExcluirPerdi uma filha a 6 meses, ainda não consigo pensar assim.
ResponderExcluir